A crise das dívidas soberanas

Depois de vários dias em que cresceram os sinais preocupantes, hoje foi um dia relativamente positivo em que a chanceler Merkel e os presidentes Sarkozy e Papandreou repetiram (mais uma vez) velhas promessas, os bons sinais vieram também da Itália que aprovou um pacote de austeridade e, sobretudo, de Bruxelas com o anúncio da proposta da Comissão Europeia para reduzir os juros - passando a cobrar um spread zero - e aumentar para 30 anos o prazo máximo de reembolso dos empréstimos europeus à Irlanda e Portugal.

Apesar da reacção favorável dos mercados no dia de hoje trata-se, contudo, de medidas que permitem quanto muito ganhar algum tempo, mas que não serão suficientes para, por si só, assegurar uma estabilização da situação financeira em que se tem assistido a uma queda abrupta do euro e das bolsas, com destaque para as acções do sector bancário, que se não forem rapidamente contidas poderão conduzir a uma situação recessiva.